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06 novembro 2022

Janela da árvore

 


Mais uma incursão no mundo da aquarela no caderninho.

É engraçado pensar o quão mental pode se tornar a pintura. Existem ambos os lados, como na vida, e você pode balançar para cada um deles, sendo mais intuitivo ou planejando cada traço, e pode encontrar um equilíbrio que te satisfaz.

Dependendo do que se quer alcançar na aquarela, vejo que é necessário um bom planejamento, porque não tem muito como ficar consertando depois, principalmente quando a gente erra nas partes claras da pintura. A parte intuitiva fica com as pinceladas, pra se conseguir formas espontâneas.

O desenho foi inspirado no Passo Giau, localizado nas Dolimitas.

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Escrevendo sobre essas incursões na aquarela, me vem a ideia de que é necessário experimentar as coisas na vida. Muitas vezes me pego pensando em fazer algo, mas ao mesmo tempo penso sobre as consequências, sobre os entraves, as dificuldades, e mais um tanto de outras coisas que não me ajudam muito a fazer o que eu estava pensando. E nas vezes em que eu vou e faço a coisa, sempre me surpreendo e penso que deveria ter feito aquilo logo, sem pestanejar tanto.

Acho que é uma reação normal da mente. Deve acontecer com muita gente também. E por isso digo que preciso me policiar pra experimentar mais as coisas antes de entrar nesse jogo mental maluco. Acredito que existe uma razão ou algo bom nesse pensar sobre o que se quer fazer, mas o limite entre ponderar algo e entrar em devaneios, me parece ser bem tênue.