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16 fevereiro 2022

Não há em mim

 O que não há em mim

é EU mesmo

E todos os meus problemas

derivam disso

[Vitor Uemura]

14 fevereiro 2022

Desmoronamento



Ainda me reconstruo de meu último desmoronamento,

pedra por pedra,

emoção por emoção.

Lágrima por lágrima

a alma se restaura,

não como antes,

nova,

incorporada das vivências e aprendizados,

reforçada,

com novas perspectivas sobre si mesma,

num amadurecer sem endurecimento,

com mais compreensão,

com mais ternura,

mais amor.

[Vitor Uemura]

09 fevereiro 2022

Fora d'água

No profundo mar de meu Ser 

muitas vezes me sinto fora d’água


[Vitor Uemura]

08 fevereiro 2022

Dia triste na fruteira

 


Casa

Minha casa se fortalece com as visitas

Conversar,

ver,

tocar,

sentir outras almas

Me faz lembrar da alegria de estar junto à todas elas,

em um mesmo Ser

[Vitor Uemura]

07 fevereiro 2022

Fada




Esse desenho gerou várias ideias durante o processo, fiquei até meio perdido tentando encontrar o melhor caminho. Acho que cansei de tentar ficar melhorando e encerrei como está, mas toda hora que olho penso em mudar algo, ou penso que eu poderia ter levado pelo outro caminho que eu tinha imaginado.

Engraçado que todas essas decisões não aparecem na imagem final, e quem olha, as vezes nem imagina o tanto que foi feito, desfeito e refeito.


Versão mais simples

Sketch

Quando eu fiz o desenho no caderno, escrevi junto umas frases, que estão nesse post aqui.

Morada

A solidão já não mais me invade

pois há muito mora em mim

tem as chaves

sou sua casa

[Vitor Uemura]

06 fevereiro 2022

Não dualidade

Como posso eu entender qualquer coisa sobre a dualidade ?

Quanto mais sobre não dualidade que há nela

Para ver o todo em todas as coisas,

é necessário, primeiro, ver todas as coisas;

o que não me ocorre.

Não vejo a separação, pois nem a mim me vejo

E sem ver a separação entre o Ser e o objeto,

não consigo ver que não há separação.

Para perceber a unidade, é preciso ver a dualidade.

Não vejo Ser,

não vejo objeto,

muito menos que são a mesma coisa

Só se Ser e objeto forem nada,

então posso dizer que os vejo

pois nada vejo

[Vitor Uemura]

05 fevereiro 2022

Não me sei

Não me sei o tanto que eu gostaria

nem o tanto que é preciso pra me ser

só me sei em lampejos de consciência

que não marcam hora nem lugar pra acontecer

só me sei quando me é dado saber

e logo me esqueço

me perco

de mim

de tudo

Fico novamente me esperando

como se espera a um trem que passa na estação sem hora certa


[Vitor Uemura]

04 fevereiro 2022

Eu que passa

O que me passa ?

Ou melhor; o que passa por mim ?

O que me transpassa ?

Mas não passa por inteiro,

deixa marcas,

pedaços de ser

fragmentos de vontades alheias


O que me acompanha ?

O que me segura nas mãos sem que eu veja ?

Sem que eu sinta

e faz das minhas mãos

mãos não minhas


O que é ?

O que são ?

Se é que é ou que são

Um não ser que me faz ser o que é ou o que são,

um eu que não sou

Um eu que passa


[Vitor Uemura]

03 fevereiro 2022

Staff of many paths

It can reveal the hidden paths along the way but it also causes great confusion for they are many


O cajado dos muitos caminhos tem o poder de revelar atalhos ao longo da trilha, mas ao mesmo tempo ele causa grande confusão pois os atalhos são muitos.


original

alternate version

Process

Sketch


01 fevereiro 2022

Flutuação do tempo

Me parece que no tempo estou a flutuar,

sou levado pelas horas e por isso não as vejo,

nem as sinto passar.


Relativizo os segundos que me passam,


os fantasio de pássaros coloridos


que cruzam meu céu em direção ao pôr das horas.


Vejo uma fina linha do tempo a segurar uma pipa no vento,


que dá vontade de cortar,


e transformar a pipa em borboleta,


nova, livre.


Tempo que passa sem passar


[Vitor Uemura]